Auxílio emergencial deve ser dado enquanto durar a crise, diz Guedes
30 de junho de 2020Em conversa com senadores e deputados, ministro confirmou que benefício será entregue por pelo menos mais três meses
“O Brasil vai surpreender o mundo”, repete Guedes – Foto: Edu Andrade/Ascom/ME
O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta terça-feira (30) que a extensão do auxílio emergencial aos brasileiros será de mais três meses, mas afirmou que ela pode ir além, enquanto durar a crise.
As três primeiras parcelas, de R$ 600 a R$ 1.200, foram dadas a trabalhadores que comprovaram ter ficado sem recursos por causa da pandemia do novo coronavírus. Mais três mensalidades serão pagas, provavelmente de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, nessa ordem.
Guedes participou nesta manhã de uma videoconferência com deputados federais e senadores sobre a covid-19.
O ministro afirmou que a expectativa do governo é que o benefício não precise ir além de mais três meses, mas, se for necessário, irá estudar como ele será mantido. "Nós acreditamos que vai descer em três meses com algum vigor, mas, se não descer, lá vamos nós pensar quanto tempo mais vamos segurar o fôlego".
Até o momento, disse Guedes, a covid-19 tem se portado de acordo com as previsões do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. "A gente sabia que em abril a pandemia estaria em alta, maio, junho e início de julho continuava em cima, num platô, e no final de julho para agosto ela descia forte".
O ministro não quis dar detalhes sobre os valores que serão pagos na extensão das parcelas 4 a 6. O anúncio deve ser feito ainda nesta terça-feira pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ele também aproveitou a conversa online para defender o retorno controlado e seguro das atividades que geram riquezas ao país e voltou a dizer que a economia do Brasil, no final dessa pandemia, vai surpreender o mundo.
Emissão de moeda
Guedes afirmou que não acredita que o país entrará em uma depressão. "Se nós caíssemos e ficássemos lá embaixo, estaríamos nos aproximando da situação de liquidez, quando o juro desce para zero e não há mais diferença entre títulos que pagam juros e moedas que não pagam. Aí sim iríamos permitir ao nosso Banco Central que ele recompre ativos em geral e emita moeda, sem perigo de inflação nesse caso limite. Mas estamos muito distante dessa situação".
Em sua análise, o Brasil está preparado para emitir moeda, mas não necessita dessa estratégia no momento. "Acredito que na verdade vamos sair muito bem dessa crise", reforçou.
Valedoitaúnas/Informações R7