Para petistas, proposta encaminhada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para 2023 não é viável para executar todos os programas sociais

Equipe de Lula discute Orçamento da União para programas sociais, como o Farmácia Popular – Foto: Divulgação

Após a vitória do ex-presidente Lula, o PT montou um grupo de trabalho nesta segunda-feira para fazer uma nova proposta de Orçamento ao Congresso Nacional. O projeto encaminhado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para 2023 é visto pelos petistas como uma espécie de peça de ficção e não seria possível executar todos os programas sociais.

Faltam recursos, por exemplo, para o Farmácia Popular, merenda escolar, combate à fome e à violência contra a mulher. Há ainda preocupação com o Auxílio Brasil de R$ 600. O Orçamento do ano que vem só tem recursos para benefício a R$ 400.

Bolsonaro aprovou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que abriu espaço para o pagamento de um auxílio maior até o fim deste ano, mas não há dinheiro garantido para o próximo.

Segundo o ex-ministro Aloyzio Mercadante, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) ficará responsável por apresentar a proposta do novo governo ao relator Marcelo Castro (MDB-PI), que é apoiador de Lula e ex-ministro de Dilma Rousseff.

“A prioridade é discutir o orçamento. Vamos começar o diálogo com os parlamentares”, disse Mercadante, que, ao longo do dia, participou de uma série de tratativas sobre o novo governo com aliados de Lula num hotel na região central da capital paulista.

Wellington Dias afirmou que a primeira agenda com o relator do orçamento será na quinta-feira em Brasília. Ele também afirmou que articula mudanças na peça por meio de diálogo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Vamos atualizar a execução do orçamento de 2022 e entendimentos para elaboração do orçamento para 2023.O objetivo é assegurar propostas que estão no programa vitorioso nas eleições”, disse Dias.

(Fonte: O GLOBO)