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Após sanções, Rússia proíbe entrada no país de primeiro-ministro Boris Johnson e altos funcionários do Reino Unido

16 de abril de 2022

Moscou diz que Londres está 'estrangulando a economia doméstica' ao fazer campanha para isolar país internacionalmente

Após sanções, Rússia proíbe entrada no país de primeiro-ministro Boris Johnson e altos funcionários do Reino UnidoPrimeiro-ministro britânico, Boris Johnson – Foto: Pool/Reuters

O governo da Rússia decidiu proibir a entrada do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e de altos funcionários do governo britânico no país. A medida divulgada neste sábado é uma resposta as sanções impostas pelo país europeu por conta da guerra na Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro. Em comunicado Moscou afirmou que Londres está "estrangulando a economia doméstica" ao fazer campanha para isolar o país internacionalmente.

"As ações russofóbicas das autoridades britânicas, cuja principal tarefa é incitar uma atitude negativa em relação ao nosso país, cercear os laços bilaterais em quase todas as áreas, é prejudicial ao bem-estar e aos interesses dos habitantes da própria Grã-Bretanha. Quaisquer ataques de sanções inevitavelmente atingirão seus iniciadores e receberão uma rejeição decisiva", ressalta o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

A lista de alvos das sanções incluiu 13 pessoas. Entre elas estão os ministros do país europeu e até Theresa May, ex-primeira-ministra britânica. Confira os nomes:

  • Boris Johnson: Primeiro-mnistro;
  • Dominic Rennie Raab: Vice-primeiro-ministro, Ministro Da Justiça;
  • Elizabeth Mary Truss: Ministra Das Relações Exteriores;
  • Ben Wallace: Secretário De Defesa;
  • Bolsa Shapps: Ministro Dos Transportes;
  • Priti Patel: Ministro Do Interior;
  • Rishi Sunak: Ministro Das Finanças;
  • Kwasi Kwarteng: Ministro Do Empreendedorismo, Energia E Estratégia Industrial;
  • Nadine Vanessa Dorries: Ministra Da Digitalização, Cultura, Mídia E Esportes;
  • James Heappey: Vice-secretário De Defesa;
  • Nicola Ferguson Sturgeon: Primeiro Ministro Da Escócia;
  • Suella Braverman: Procuradora Geral Da Inglaterra E País De Gales;
  • Theresa May: Parlamentar Conservadora e ex-primeira-ministra britânica.

Nesta sexta, pela primeira vez desde o início da invasão militar contra a Ucrânia, forças russas atacaram a cidade portuária ucraniana de Mariupol usando bombardeios TU-22M3 de longo alcance.

O equipamento costuma ser usado para bombardeios estratégicos, um tipo de ataque que tem o objetivo de derrotar o inimigo o desmoralizando, de modo que ele prefira a rendição a continuar a resistir. Por vezes, historiadores militares se referem a esses ataques como "bombardeios terroristas".

A Rússia está em guerra na Ucrânia há 51 dias, com poucos avanços nas últimas três semanas. Mariupol está sitiada desde a primeira semana do conflito e autoridades ucranianas calculam que cerca de cem mil civis permaneçam na cidade.

Autoridades da Ucrânia afirmaram terem descoberto corpos de pelo menos 900 civis pelas forças russas na região de Kiev, denúncia que provavelmente intensificará as já pesadas acusações de crimes de guerra contra Moscou. A informação foi transmitida por Andriy Nebytov, chefe de polícia da região, em uma entrevista coletiva na sexta-feira. Segundo Nebytov, o maior número de vítimas civis foi observado em Bucha, onde mais de 350 corpos foram encontrados, muitos deles enterrados em duas valas comuns.

Bucha tornou-se um símbolo do tratamento brutal do Exército russo aos civis ucranianos e foco de investigações de crimes de guerra. Quando as tropas russas recuaram depois que sua campanha militar estagnou, dezenas de civis foram encontrados mortos a tiros em pátios e ruas, alguns com as mãos atadas atrás das costas.

Valedoitaúnas (O Globo)



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