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Após recorde de mortes, Bolsonaro anuncia comitê de crise contra Covid

24 de março de 2021

País registrou, em 24 horas, mais de 3 mil óbitos causados pelo novo coronavírus. Presidente convocou chefes dos Três Poderes para reunião

Após recorde de mortes, Bolsonaro anuncia comitê de crise contra CovidBolsonaro em reunião com os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, ministros e governadores – Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após o país registrar mais de 3 mil mortes por Covid-19 em 24 horas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a criação de um comitê para acompanhar os desdobramentos da pandemia.

O recorde inédito desde o início da crise sanitária no Brasil foi tema de reunião entre Bolsonaro, os presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, ministros e governadores.

“Fizemos reunião com todos os líderes da República com a intenção de minimizarmos os efeitos da pandemia. Resolvemos que será criada uma coordenação conjunta aos governadores. Da nossa parte, o comitê se reunirá toda semana para debater o combate ao coronavírus”, destacou Bolsonaro.

Após recorde de mortes, Bolsonaro anuncia comitê de crise contra CovidO presidente Jair Bolsonaro reuniu os chefes dos Três Poderes para uma reunião – Fotos Hugo Barreto/Metrópoles

A declaração representa uma mudança de postura do governo federal, que durante a pandemia renegou medidas de controle, como uso de máscara e distanciamento social.

Na terça-feira (23), Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão defendendo a vacinação em massa. A população reagiu com panelaços.

O Brasil tem mais de 12,1 milhões de casos confirmados do novo coronavírus e 298 mil óbitos em decorrência da doença. O Ministério da Saúde já aplicou 15,2 milhões de doses da vacina (entre primeira e segunda doses).

“União”

O presidente do Senado ficou responsável por ouvir governadores e levar as demandas ao grupo. Inicialmente, o comitê vai se reunir uma vez por semana. Ainda não há data para o primeiro encontro do grupo.

“O momento impõe dever cívico, patriótico e de responsabilidade, a união dos poderes e do povo brasileiro no enfrentamento desta pandemia. União significa pacto nacional liderado pelo senhor presidente. Liderança política nesse pacto nacional do presidente e liderança técnica do ministro da Saúde [Marcelo Queiroga]”, frisou.

Pacheco ainda ressaltou: “Poderes devem, mais do que nunca, estar unidos neste momento para a constituição imediata de um comitê para definirmos políticas uniformes. As divergências devem ser dirimidas”, salientou.

Leitos e vacina

Entre as demandas, segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira, está o aumento da oferta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs) e o avanço da vacinação.

“Nos compete, enquanto representantes da população, falarmos uma linguagem só, com acompanhamento diário, para que possamos ter rumo, coordenados com a supervisão do presidente. Temos que ter um único discurso, uma única orientação nacional”, finalizou.

Valedoitaúnas/Informações Metrópoles



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