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Após falar em morte acidental, mãe diz que asfixiou a bebê Ana Beatriz com travesseiro

16 de abril de 2025

Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida. Antes de confessar assassinato, Eduarda Silva, de 22 anos, deu uma versão de morte por engasgo durante amamentação; perícia deve apontar o que realmente aconteceu

Após falar em morte acidental, mãe diz que asfixiou a bebê Ana Beatriz com travesseiroRecém-nascida Ana Beatriz, encontrada morta em casa em Novo Lino, e a mãe Eduarda Silva de Oliveira Foto: Reprodução

A mãe da recém-nascida Ana Beatriz, encontrada morta dentro de casa em Novo Lino, em Alagoas, nesta terça-feira (15), deu duas versões para a morte da menina, uma de que houve morte acidental e outra de que asfixiou a criança com um travesseiro. A polícia informou que espera o resultado da necropsia para confirmar qual das versões é verdadeira, por isso Eduarda Silva de Oliveira, 22 anos, foi presa em flagrante apenas por ocultação de cadáver.

Segundo o delegado Igor Diego, a primeira versão apresentada pela mãe foi de morte acidental. Ela contou que a menina teria se engasgado enquanto era amamentada de madrugada e sufocou. A mãe disse que tentou reanimá-la, mas que não conseguiu.

Após ser confrontada pela polícia, ela deu uma segunda versão, de que asfixiou a criança. A mãe contou que estava há duas noites sem dormir porque a bebê chorava muito e também por causa do barulho de som de um bar na frente da casa da família. Diante da situação, teria sufocado a menina com um travesseiro.

"Inicialmente, ela começou dizendo que estava amamentando, a criança teria tido um engasgo e ela teria tentado reanimar a criança e não teria conseguido. Posteriormente, ela mudou a versão afirmando que a criança não dormia, estava chorando bastante. (...) Ela não aguentava mais aquela situação, teria pego o travesseiro da criança e teria realizado a asfixia, matando a criança", disse o delegado Igor Diego.

O delegado afirmou que a mãe está muito abalada, o que pode ser um indício de que ela cometeu o crime de infanticídio, influenciada pelo puerpério, período após o parto em que a mulher tem alterações hormonais e emocionais.

"A gente tem muita cautela, porque ela já apresentou diversas situações. Então qual é a verdade sobre os fatos? Só com o trabalho pericial que vai ser realizado é que vamos ter essas respostas definitivas. Ela pode ser encaminhada tanto para a questão de ficar presa quanto para a questão de tratamento", disse Igor Diego.

O pai da criança, Jaelson da Silva Souza, estava em São Paulo a trabalho quando soube do desaparecimento da filha, na última sexta-feira (11). Ele voltou a Alagoas para acompanhar as buscas e, segundo a polícia, não teve participação no crime. Contudo, a polícia investiga se uma segunda pessoa ajudou a mãe no caso.

O corpo da menina foi encontrado no início da tarde, enrolado em um saco plástico dentro de um armário junto com materiais de limpeza.

Foi o advogado da família e o pai da criança que acionaram a polícia depois de convencer Eduarda a dizer onde estava o corpo da filha.

Versões contraditórias para o desaparecimento

Na última sexta-feira (11), a mãe procurou a polícia para dizer que a sua filha tinha sido arrancada de seus braços por 4 criminosos em um carro preto no meio da BR-101. Uma operação foi montada e as buscas pela menina seguiram até o interior de Pernambuco.

Um homem chegou a ser preso suspeito de participação no sequestro em Vitória de Santo Antão (PE), mas foi liberado.

Depois de ser confrontada pelos policiais, a mãe mudou a versão e disse que homens armados invadiram a casa dela, a estupraram e depois levaram a bebê. Segundo a polícia, ela deu 5 versões, ao todo, para o desaparecimento da filha. Todas foram descartadas pela Polícia Civil.

Diante das novas informações, uma operação foi montada na segunda (14) para encontrar a bebê Ana Beatriz em Novo Lino. A Polícia Civil chegou a procurar em cisternas e até em latas de lixos, mas não encontrou o corpo da criança.

Somente nessa terça, depois que ela admitiu ao advogado onde havia escondido o corpo, é que o crime foi descoberto.

Ao ser acionada pelo pai da criança e pelo advogado, a Polícia Civil foi até a casa da família, mas a porta estava trancada. Os policiais precisaram invadir a casa pela janela para localizar o cadáver.

(Fonte: g1)



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