Home - Economia - Após contrariar Bolsonaro, Petrobras recua e confirma estudo sobre vale-gás...

Após contrariar Bolsonaro, Petrobras recua e confirma estudo sobre vale-gás

06 de agosto de 2021

Joaquim Silva e Luna, presidente da estatal, afirmou, contudo que a empresa não é o 'ator principal' neste debate, que havia sido negado pela empresa no fim de semana

Após contrariar Bolsonaro, Petrobras recua e confirma estudo sobre vale-gásJoaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras – Foto: Divulgação

Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, confirmou nesta quinta-feira (5) que a estatal está participando do debate do vale-gás. O novo posicionamento ocorreu em uma vista de Silva e Luna ao Palácio do Planalto e mostra uma nova postura da estatal, que há três dias negou estar participando dos estudos para a criação da ação social para ajudar a população mais pobre a comprar gás de cozinha.

"Nós participamos dessa discussão junto com o governo, mas o tema está sendo conduzido pelo Ministério das Minas e Energia. A nada somos indiferentes, temos atividade e responsabilidade social dentro da empresa, mas não somos o ator principal na condução desse processo", afirmou o presidente da estatal, que ontem apresentou lucro recorde para o segundo trimestre, de R$ 42,8 bilhões.

No fim de semana, a estatal informou, via comunicado, que não possuía definições quanto à implementação e ao montante de participação em eventuais programas sociais destinados ao gás de cozinha no Brasil, depois de o presidente Jair Bolsonaro ter dito que a estatal contaria com uma reserva de R$ 3 bilhões para o pagamento de um vale-gás.

Silva e Luna não apresentou detalhes do projeto. Questionado se o governo poderia separar R$ 3 bilhões para o programa dos R$ 9 bilhões que a estatal está enviando ä União como dividendos decorrente de seu lucro no último trimestre, o presidente da estatal se esquivou: "Esse (recurso) aí (R$ 9 bilhões) faz parte dos dividendos. O compromisso da empresa é repassar os dividendos. Agora, o acionista majoritário é o governo, que define o que fazer", afirmou ele.

"O presidente tem informação junto com o Ministério das Minas e Energia e deve estar compondo com o Ministério da Fazenda (sic, referindo-se ao Ministério da Economia) uma boa função para isso", completou Silva e Luna.

Valedoitaúnas (iG)



banner
banner