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Após chuvas Rio Doce poderá sofrer com rejeitos de minério

31 de janeiro de 2020

Após chuvas Rio Doce poderá sofrer com rejeitos de minérioFoto: Divulgação

As chuvas que causaram prejuízos nos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais pode provocar um fantasma adormecido no leito do Rio Doce. O volume de água deve deslocar os rejeitos de mineração que alcançaram o manancial em novembro de 2015, quando 43,7 milhões de metros cúbicos de lama vazaram da barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, no município mineiro de Mariana.

Um comunicado divulgado pela a Fundação Renova informa que o Programa de Monitoramento Qualiquantitativo Sistemático (PMQQS) acompanha a evolução dos parâmetros de qualidade da água em 92 pontos, de Mariana, em Minas Gerais, à foz do Rio Doce, em Linhares.

Entre esses pontos, estão 22 estações automáticas que transmitem dados diários, inclusive subsidiando o planejamento preventivo do sistema de abastecimento da bacia. As informações são armazenadas em um banco de dados e compartilhada com os órgãos ambientais. A Agencia Estadual de Recursos Hídricos (Agerh-ES) e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) confirmaram que em períodos de cheia há aumento de correnteza e, por consequência, ocorre o envolvimento do leito do rio. O fenômeno natural pode gerar contaminantes na coluna da água.

A rede Rio Doce mar, que apoia ações reparativas relacionadas ao impacto que o rompimento da barragem de fundão causou na biodiversidade aquática, também faz o monitoramento, de diversos pontos ao longo da bacia do Rio Doce.

As análises acontecem a partir do acordo de cooperação técnico- científico com a Fundação Renova, responsável por gerir os programas de reparação, restauração e reconstrução das regiões afetadas pelos rejeitos de minério. Em comunicado, a Fundação Renova informou que devido ao grande volume de água decorrente das chuvas, foi detectado uma ligeira inclinação na primeira de três barreiras metálicas construídas para conter o rejeito que ainda poderá chegar ao reservatório da hidroelétrica.

Apesar das análises técnicas indicar baixo risco, por precaução, a Fundação Renova isolou a área e os acessos às margens do reservatório, seguindo o plano de evacuação e emergência elaborada para a área.

Valedoitaunas/Com informações de A Gazeta



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