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Apagão no Amapá chega ao 7º dia com falhas em rodízio de energia

09 de novembro de 2020

Apesar da previsão de fornecimento de luz por 6 horas, há regiões onde a energia voltou por apenas 2 horas. Subestação incendiada voltou a operar apenas com um transformador em conjunto com hidrelétrica. Situação só deve ser normalizada no fim de semana

Apagão no Amapá chega ao 7º dia com falhas em rodízio de energiaApagão no Amapá chega ao 7º dia com falhas em rodízio de energia – Foto: Reprodução

O apagão no Amapá chega ao 7º dia nesta segunda-feira (9). Parte do fornecimento de energia em 13 dos 16 municípios do estado foi retomada no sábado (7), e o governo estabeleceu um rodízio do fornecimento de luz com duração de 6 horas, por regiões. A solução provisória é alvo de reclamações dos moradores, que apontam descumprimento do cronograma.

Com apenas 65% do sistema elétrico restabelecido, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) fixou rodízio para que o estado todo fosse contemplado. Porém, há locais onde a energia voltou por apenas 2 horas.

Quase 90% da população do Amapá, o equivalente a 765 mil pessoas, ficou sem energia elétrica na última terça-feira (3), quando um incêndio atingiu a principal subestação do estado. Com a falta de eletricidade, houve problemas no fornecimento de água potável e nas telecomunicações, além de filas nos postos de combustíveis e prejuízos ao comércio.

Apagão no Amapá chega ao 7º dia com falhas em rodízio de energiaSituação do Amapá, que sofre com apagão, está longe de ser normalizada – Foto: Reprodução

Marcelo Silva, de 40 anos, mora no bairro Marabaixo 3, na Zona Oeste de Macapá. Por lá, deveria ter energia de 6h às 12h e das 18h até meia-noite. No entanto, no domingo (8) foram mais de 12 horas sem o serviço.

“No meu bairro ficou sem energia das 18h de ontem até 6h30 de hoje. No meu local de trabalho chegou 4h30 da madrugada de hoje e 6h40 já foi embora. […] A gente tenta se organizar baseado no cronograma, mas não respeitam. O transtorno maior é não poder dormir, não conseguir descansar. É você não pode organizar a dispensa, ainda que tenha uma energia mínima, não dá pra fazer gelo, não dá pra congelar o almoço que vamos fazer amanhã porque corre risco de perder”, detalhou.

“É inadmissível nosso estado ser gerador de energia, com várias hidrelétricas, passar por uma situação dessa. O Amapá está mendigando energia”, acrescentou.

No bairro Muca, já na Zona Sul, o rodízio também deveria funcionar no mesmo horário que o Marabaixo 3. No entanto, na casa de uma estudante de 20 anos, que não quis ser identificada, só teve energia das 18h até 21h de domingo; voltou às 4h desta segunda-feira, mas duas horas depois o fornecimento foi interrompido.

“Eu acho isso um desrespeito, porque não dá pra se organizar. A gente não sabe se compra o almoço da semana porque não tem a segurança se dá pra conservar. Fora isso, os equipamentos podem queimar porque fica nesse liga e desliga”, acrescentou.

O Ministério de Minas e Energia prevê retomada integral da distribuição de energia no próximo fim de semana, mas sem dia definido.

Apagão no Amapá

Apagão no Amapá chega ao 7º dia com falhas em rodízio de energiaTransformador queimado foi recuperado no sábado (5), no Amapá — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica – Foto: Reprodução

Serviços essenciais

Bairros e regiões no entorno de hospitais e de serviços essenciais em Macapá e Santana vão ter o fornecimento mantido 24 horas.

Atualmente, a energia que chega no estado é parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) e ainda do que é produzido pela Usina Hidrelétrica de Coaracy Nunes, em Porto Grande, a 102 quilômetros de Macapá.

Valedoitaúnas/Informações G1



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