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Ampliação do Auxílio Brasil vai ficar para 2022, sem prazo para atrasados

29 de dezembro de 2021

Pagamento atrasado de novembro também não será realizado

Ampliação do Auxílio Brasil vai ficar para 2022, sem prazo para atrasadosAuxílio Brasil – Foto: Divulgação/Ministério da Cidadania

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai cumprir a promessa de pagar o Auxílio Brasil para 17 milhões de famílias em 2021, já que a expansão da cobertura do programa deve ficar apenas para o próximo ano. Além disso, não há previsão de que os beneficiários recebam o valor retroativo referente ao mês de novembro, como também havia sido prometido pela gestão.

Inicialmente, o governo havia informado que pagaria no mínimo R$ 400 para mais de 17 milhões de famílias a partir de novembro. Na ocasião, Bolsonaro repetiu várias vezes que elevaria a renda em comparação com o programa anterior, o Bolsa Família, que pagava R$ 190, e ampliaria o número de famílias, que era de 14,5 milhões.

O governo dizia que, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, a promessa seria cumprida. Agora, de acordo com a Folha de S. Paulo, técnicos do Ministério da Cidadania afirmam que a ampliação do número de famílias beneficiadas pelo Auxílio Brasil ficará apenas para janeiro.

Apesar da PEC ter sido aprovada no início de dezembro, a expansão para que o programa alcance 17 milhões de famílias será realizada apenas em janeiro de 2022. Além disso, como o valor pago em novembro não alcançou os R$ 400 prometidos por Bolsonaro, havia a promessa de um pagamento retroativo. Agora, isso também não está no radar do governo.

Em 2 de dezembro, o ministro da Cidadania, João Roma, chegou a dizer que haveria o pagamento retroativo, assim como o número de famílias seria expandido no mesmo mês. "Ainda em dezembro pretendemos zerar a fila, passando de 14,7 milhões para 17 milhões de beneficiários [famílias]", disse ele, em pronunciamento no Palácio do Planalto. "Os prazos estão apertados, estão além do que esperávamos, mas não serão obstáculo para a gente cumprir a nossa missão".

À Folha, o Ministério da Cidadania disse agora que "a expectativa da pasta é alcançar cerca de 18 milhões na próxima folha regular de pagamento [em janeiro], zerando a fila de espera, o que demonstra o compromisso do governo federal em garantir e ampliar continuamente o atendimento nas ações de proteção social para os cidadãos mais vulneráveis". Sobre o retroativo de novembro, a pasta disse que a Medida Provisória (MP) que prevê o pagamento do Auxílio Brasil não menciona retroativo.

Valedoitaúnas (iG)



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