Americanos bebem alvejante para tentar se prevenir contra covid-19, diz estudo
08 de junho de 2020Constatação foi de uma pesquisa feita pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), um órgão do governo dos Estados Unidos
Alvejantes oferecem sérios riscos se ingeridos – Foto: Jessica Rinald/Reteurs
Alguns norte-americanos estão adotando hábitos que podem ser nocivos à saúde na tentativa de se proteger da covid-19. Pesquisa feita com 502 adultos, pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma agência do governo dos EUA, identificou que há pessoas fazendo gargarejo e até bebendo alvejante na esperança de não serem infectadas pelo coronavírus.
Dentre os entrevistados, 19% afirmaram que usam produtos de limpeza diretamente em frutas e legumes frescos. Outros 18% disseram que usam alvejantes diretamente na pele.
Mas o mais preocupante foi que 4% admitiram beber ou usar para gargarejo produtos feitos para a limpeza da casa.
"Essas práticas representam um risco de graves danos aos tecidos e lesões corrosivas e devem ser rigorosamente evitadas", alertaram os autores do estudo.
A constatação do CDC ocorreu após o presidente dos EUA, Donald Trump, sugerir publicamente que as pessoas, talvez, pudessem injetar alvejante como forma de matar o vírus, em entrevista no fim de abril.
Ele falou à médica Deborah L. Brix, coordenadora de resposta ao coronavírus da Casa Branca, que "seria interessante" verificar essa possibilidade.
Imediatamente, a comunidade médica e científica, além dos próprios fabricantes de produtos de limpeza, reagiram com posicionamentos para que a população não fizesse uso dessas substâncias em seus corpos.
Outro relatório do CDC mostrou que, em abril, as chamadas por intoxicações relacionadas a produtos de limpeza aumentaram 20%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também constatou aumento semelhante das intoxicações por produtos de limpeza entre janeiro e abril. O órgão também atribuiu o aumento às medidas de combate ao coronavírus.
Valedoitaúnas/Informações R7