O Globo Repórter percorreu o Rio Mississippi, nos Estados Unidos, e encontrou uma comunidade de casas flutuantes

Gerty Tonjum resolveu deixar para trás a vida na cidade e construiu sua própria casa sobre o Mississippi – Foto: Globo Repórter

O Globo Repórter percorreu 3.766 quilômetros do segundo maior rio dos Estados Unidos: o Mississippi, que atravessa dez estados americanos.

Ao longo da viagem, na cidade de Winona, Minnesota, o programa encontrou uma comunidade de casas flutuantes. Os primeiros moradores chegaram depois da Grande Depressão de 1929. Gente que perdeu tudo e encontrou no leito do rio um teto para morar.

O americano Gerty Tonjum também resolveu deixar para trás a vida na cidade e construiu sua própria casa sobre o Mississippi. Ele contou sua história e explicou como teve a ideia de ir morar lá.

Americano deixa a cidade grande e constrói a própria casa em um vilarejo flutuante – Foto: Reprodução

“Eu saí da minha cidade natal, Faribault, com cerca de 18 mil pessoas, e dirigi para Nova York, porque eu precisava me surpreender. Eu lembro de dirigir por Manhattan. Era aquilo que eu precisava: sair da minha zona de conforto. Dirigi pelo país por meses e acabei em Minneapolis, com amigos que construíam barcos e desciam o rio. Aquilo mudou minha visão. Você pode viver bem e com muito pouco dinheiro. Estavam todos felizes ali. Essa é a mentalidade. Minha esposa e eu vivemos isso. Temos tudo o que precisamos aqui. Vejo o rio como esperança”.

Gerty, que é marceneiro, também já fez outras casas para moradores da comunidade. Ele falou sobre as construções e também sobre seu lar, onde tudo é extremamente funcional.

Gerty com seu cachorro – Foto: Globo Repórter

“Captamos energia solar e eólica aqui, porque na ilha não tem energia. Mas é um lugar incrível para se viver. Temos fogão a lenha para aquecer e uma geladeira que funciona com os painéis solares. Toda a água vem da chuva, que bombeamos para uma torre”.

Casa de Gerty é extremamente funcional – Foto: Globo Repórter

“Se você olhar pela janela da cozinha, vai ver tartarugas e os patos, que botam ovos aqui na frente. Somos parte dessa natureza. A gente está começando a entender isso: a valorizar a natureza e a viver com ela, e não lutar contra ela. É uma conexão bem forte”, completa.

Valedoitaúnas (g1)