Advogados vão parar na delegacia após confusão durante julgamento
25 de agosto de 2021Julgamento de corretor de imóveis, suspeito de ter matado vizinho a facadas, já tinha começado quando advogados bateram boca
Servidor público foi morto com golpes de facão – Foto: Reprodução/Record TV Minas
O julgamento de um corretor de imóveis, suspeito de matar um servidor público com golpes de faca no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi adiado para o dia 1º de dezembro deste ano. O adiamento aconteceu após uma discussão entre advogados durante o julgamento nesta terça-feira (24).
O acusado, Paulo Alkmim Neto, estava sendo julgado no Fórum Lafayette. Segundo a assessoria do local, uma testemunha estava sendo ouvida quando o assistente de acusação contratado pela família da vítima, José Arteiro, e o advogado de defesa, Anderson Marques, começaram a brigar.
De acordo com o Fórum Lafayette, José Arteiro teria agredido verbalmente o advogado de defesa, que deu voz de prisão para o assistente de acusação.
Ainda segundo a assessoria do Fórum, os dois foram encaminhados para a delegacia.
Entenda o caso
O corretor de imóveis, Paulo Alkmim Neto, é suspeito de matar o servidor público, Geraldo Pedro Batista, de 54 anos, a golpes de facão no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. O crime aconteceu em março de 2010, enquanto a vítima dormia.
A motivação do crime teria sido a negociação da venda do apartamento do servidor, que não deu certo. Segundo a denúncia do Ministério Público, Geraldo pagou R$ 45 mil ao corretor pela entrada de um outro imóvel.
Mas o comprador do apartamento da vítima teria desistido do contrato e Geraldo pediu o reembolso ao suspeito. O servidor público teria sido assassinado por ter cobrado a devolução do dinheiro.
Como o imóvel da vítima foi colocado à venda, o corretor tinha a chave do local e teria usado para entrar no apartamento e matar o servidor público.
Uma amiga da vítima, que encontrou o corpo do servidor no apartamento três dias após o assassinato, contou que ele estava com medo. Quando chegou ao local, a mulher contou que um dos quartos estava revirado e a nota promissória da compra, havia sumido.
“Ele tinha feito o negócio, passou o dinheiro e estava com a nota. Ele estava sofrendo ameaças e estava realmente com medo”, disse a amiga.
O julgamento do corretor de imóveis já foi adiado outras três vezes.
Valedoitaúnas (R7)