Advogados suspeitos de ajudar criminosos em presídio são presos e transferidos para prisão federal
19 de julho de 2021Eles estão sendo levados ao longo do dia para a sede do Gaeco em Vila Velha e são acompanhados por comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES)
Advogada presa cobriu o rosto – Foto: Reprodução TV Vitória
Advogados presos na Operação Armistício, deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), foram levados para a sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Vila Velha, na manhã desta segunda-feira (19).
Eles são investigados por promoverem comunicação entre internos do sistema prisional e organizações criminosas e foragidos da Justiça.
A operação está com nove mandados contra advogados. Mas nem todos foram presos. A operação foi acompanhada pela Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
A TV Vitória acompanhou a chegada de duas advogadas detidas no final da manhã. Uma delas estava com o rosto coberto. A outra permaneceu num carro descaracterizado do Gaeco.
A comunicação promovida pelos advogados, segundo o Ministério Público, colaborava com os crimes de tráfico de drogas, aquisição de armamentos e munições, planejamento de homicídios, queima de ônibus e outras ações violentas. Os fatos foram confirmados por meio de provas obtidas após interceptações telefônicas e diligências.
Transferência de presos
Durante a operação, uma determinação judicial estadual e federal pediu a transferência de cinco integrantes da facção presos na unidade de segurança máxima estadual para o sistema prisional federal.
Os cinco foram levados para outro estado de avião.
A transferência teve apoio do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal do Ministério Público (Getep), do Comando-Geral da PMES, da Secretária de Justiça e da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Espírito Santo (Sejus), do Departamento Penitenciário Nacional do Governo Federal (Depen) e da Polícia Federal.
Presos são transferidos do Espírito Santo após operação do Ministério Público – Foto: Divulgação/MPES
Valedoitaúnas (Folha Vitória/G1 ES)