Adolescente é suspeito de amordaçar e tentar estuprar irmã de criação de 11 anos
03 de julho de 2021Em entrevista ao G1, o pai contou que as tentativas ocorriam há 2 anos e que a menina não contou antes porque o adolescente a ameaçava.
Delegacia de Defesa da Mulher, em Praia Grande, SP – Foto: Divulgação/Governo de SP
A Polícia Civil investiga o caso de um adolescente de 16 anos suspeito de amordaçar e tentar estuprar a irmã de criação, de 11 anos. Os episódios teriam ocorrido em Santos, no litoral de São Paulo, mas a denúncia foi registrada em Praia Grande, onde a menina mora com o pai.
O pai da menina disse que, segundo a criança, os episódios de agressão aconteciam desde os 9 anos de idade da menina, mas que ela não tinha coragem para contar aos familiares.
A criança mora com o pai há seis anos mas, a cada 15 dias, ela passa o fim de semana na casa da mãe em Santos. A mulher mora com o enteado e o marido, padrasto da vítima.
O pai, que preferiu não se identificar, relata que a filha nunca teve problemas para ir à casa da mãe. No entanto, há três meses, a menina passou a dizer que não queria visitá-la. Ele afirma que sempre perguntava o motivo, mas ela desconversava.
“Eu nunca fiz pressão, mas ela não queria ir mais. Primeiro, ela abriu o jogo com a tia dela, irmã da mãe, e ela aconselhou a minha filha a contar para mim. Aí ela contou que, desde os 9 anos, toda vez que ela ia para a casa da mãe, o adolescente pegava ela”, afirma.
A criança relatou ao pai que o adolescente subia em cima dela e ainda a amordaçava. Porém, ela gritava e conseguia fugir. Por isso, apesar das tentativas, o ato sexual não foi consumado em nenhuma das vezes.
“De uns tempos para cá, ficou mais intenso. Ele a ameaçava, dizendo que ia bater nela caso contasse para alguém. Ela não falou nada antes porque tinha medo disso”, explica o pai.
Depois do relato da filha, o pai seguiu para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande, onde o caso foi registrado como ato infracional de tentativa de estupro de vulnerável.
A Polícia Civil confirmou que o pai relatou às autoridades que as tentativas aconteciam há cerca de dois anos. O caso foi encaminhado à Promotoria da Infância e Juventude, já que o suspeito também é menor de idade. Já a menina foi encaminhada para acompanhamento junto ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) da região. “Ela está bem", disse ele.
O G1 entrou em contato, por telefone, com o pai do adolescente e padrasto da menina. Ele afirmou que acredita na inocência do filho. A mãe da menina não quis se manifestar.
Valedoitaúnas/Informações G1