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Acordo de reparação do desastre de Mariana está próximo de ser fechado, diz ministro

12 de setembro de 2024

Acordo de reparação do desastre de Mariana está próximo de ser fechado, diz ministroMinistro de Minas e Energia, Alexandre Silveira – Foto: Reprodução

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que as negociações para a repactuação do acordo de reparação do desastre de Mariana (MG) estão avançadas e devem ser concluídas ainda em 2024. O valor total do acordo com as mineradoras Vale, BHP e Samarco pode chegar a R$ 167 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões serão em “dinheiro novo“, destinado diretamente aos governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Segundo o ministro, os avanços nas negociações são fruto da pressão exercida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que as mineradoras aumentassem a oferta, que anteriormente era de R$ 140 bilhões, com R$ 82 bilhões em repasses diretos. O novo acordo inclui, além dos R$ 100 bilhões, R$ 30 bilhões para obras a serem executadas pelas próprias empresas, como a retirada de rejeitos do rio Doce, e outros R$ 37 bilhões já desembolsados desde o desastre.

Silveira destacou que a governança dos recursos será gerida por um modelo de Estado, garantindo que os valores sejam destinados à reparação dos danos ambientais e sociais causados pela tragédia. O acordo, que está sendo discutido há mais de dois anos, foi retomado em março de 2023 após a paralisação das negociações no governo anterior.

O desastre de Mariana, ocorrido em 2015, foi o maior desastre ambiental do Brasil, causando a morte de 19 pessoas e a destruição de comunidades inteiras, além de impactos ambientais severos na bacia do rio Doce. A repactuação do acordo com as mineradoras visa garantir a reparação dos danos causados e a execução de projetos de recuperação ao longo de mais de uma década.

O fechamento desse acordo representará um marco histórico na reparação de desastres ambientais, conforme enfatizado por Silveira, sendo o “maior acordo da história do planeta em benefício à reparação dos danos ambientais“.

(Foto: Colatina em Ação)



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