Foto: Divulgação/Ministério dos Transportes da Itália

A Itália deu luz verde definitiva ao ambicioso projeto de construção da ponte sobre o Estreito de Messina, que ligará a Sicília ao continente, tornando-se a maior ponte suspensa do mundo, com 3,7 km de extensão, sem pilares, duas vias férreas e seis faixas rodoviárias.

Orçada em 13,5 mil milhões de euros, a obra será financiada com fundos públicos e inclui ainda novas estações ferroviárias e infraestruturas associadas. Apesar de defendida pelo governo de direita liderado por Giorgia Meloni como motor de desenvolvimento, o projeto enfrenta forte oposição por alegados riscos ambientais, custos elevados e receios de influência da máfia. A ideia, sonhada desde a Roma Antiga e relançada por Berlusconi, volta agora à ribalta com apoio decisivo do ministro Matteo Salvini.

O projeto tem um prazo de 10 anos para ser concluído e promete criar mais de 100 mil empregos. A ideia de construir a ponte é um sonho antigo na Itália, debatido desde a década de 1960, mas que nunca saiu do papel.

Mas a obra já nasceu polêmica. Ambientalistas denunciaram o projeto à União Europeia por riscos à fauna e flora locais. Engenheiros também alertam que a ponte será construída em uma região com alta atividade sísmica.

Se realmente for erguida, a ponte colocará a Itália no seleto clube dos gigantes da engenharia, ao lado de países como Japão, Turquia e Dinamarca, conhecidos por suas conexões colossais sobre a água.