37% dos brasileiros que recebem até 2 salários sofrem com falta de comida, mostra Datafolha
24 de dezembro de 2021Levantamento foi feito de 13 a 16 de dezembro, com 3.666 brasileiros em 191 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima
Mulher mostra panela vazia durante protesto em São Paulo – Foto: André Penner/AP Photo
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo", nesta sexta-feira (24), mostra que 37% dos brasileiros que ganham até dois salários mínimos sofrem com falta de comida. Este número cai para 17% entre aqueles que recebem de 2 a 5 salários.
Veja as respostas para a pergunta "Nos últimos meses, a quantidade de comida na sua casa para você e sua família foi":
Até dois salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 7%
- O suficiente: 56%
- Menos do que o suficiente: 37%
Mais de 2 a 5 salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 12%
- O suficiente: 71%
- Menos do que o suficiente: 17%
Mais de 5 salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 23%
- O suficiente: 74%
- Menos do que o suficiente: 3%
Mais de 10 salários mínimos:
- Mais do que o suficiente: 27%
- O suficiente: 68%
- Menos do que o suficiente: 5%
A pesquisa também mostrou que o Nordeste é a região com mais pessoas que afirmaram que a quantidade de comida foi menos do que o suficiente (35%), seguida por Centro-Oeste/Norte (25%), Sudeste (23%) e Sul (21%).
E que, entre as famílias que recebem o Auxílio Brasil, 39% afirmaram que a quantidade de comida foi menos do que o suficiente. Nas famílias que não recebem o benefício, o número cai para 22%.
O levantamento foi feito de 13 a 16 de dezembro, com 3.666 brasileiros em 191 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
- Percepção do aumento da fome
O Datafolha também perguntou aos entrevistados se, neste período de pandemia, eles percebem que o número de pessoas que passam fome no Brasil aumentou, diminuiu ou ficou igual. Veja os resultados:
- Aumentou: 89%
- Diminuiu: 3%
- Ficou igual: 7%
- Não sabe: 1%
Segundo o jornal, a percepção de que a fome aumentou é predominante independentemente do perfil econômico e social do entrevistado ou da região em que ele mora.
Valedoitaúnas (g1)