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"Sou ministro da Saúde, não censor do presidente da República", afirma Queiroga

08 de junho de 2021

Atual ministro da Saúde foi questionado sobre as ações do presidente que desautorizam determinações da pasta, como a regra para o uso de máscara e distanciamento social

Marcelo Queiroga – Foto: Divulgação/Agência Senado/Edilson Rodrigues

Nesta terça-feira (8), o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é ouvido novamente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ao ser questionado sobre posturas e posicionamentos de Jair Bolsonaro (sem partido), na pandemia, ele disse que não é responsável por isso e que já conversou com o presidente sobre o tema, não tendo efeito.

"Eu sou ministro da Saúde, não sou censor do presidente da República", afirmou Queiroga. O relator da CPI, Renan Calheiros, o questionou se ele já havia orientado Bolsonaro sobre a necessidade de usar máscara de proteção contra a Covid-19 e fazer distanciamento social. "Já conversei com o presidente sobre esse assunto e, quando ele está comigo, ele usa máscara na grande maioria das vezes." Queiroga ainda disse que não iria fazer "juízo de valor" sobre as posturas pessoais e individuais do presidente.

Marcelo Queiroga deu início a seu depoimento defendendo a vacina, as medidas de proteção, como uso de máscaras e o distanciamento social.

"No primeiro momento em que estive aqui, eu tinha a dizer basicamente projetos e compromissos. Agora, cerca de 60 dias como Ministro da Saúde, já posso mostrar alguns resultados. Eu acredito fortemente que o caráter pandêmico dessa doença só será cessado com uma eficiente campanha de vacinação. Por isso, todos os dias, trabalho no ministério para prover mais doses de vacinas", afirmou.

Queiroga também disse que o Sistema Único de Saúde é um patrimônio de todos os brasileiros e citou que o país já passou a marca de 165 milhões de doses de vacinas entregues a estados e municípios. Segundo o ministro da Saúde, toda população acima de 18 anos vai ser vacinada até o final deste ano.

Queiroga é o primeiro depoente a voltar a à CPI da Covid. O ministro foi ouvido no Senado Federal no dia 6 de maio e respondeu de maneira evasiva às perguntas que lhe fizeram. A expectativa é de que o cardiologista seja mais assertivo.

Valedoitaúnas/Informações iG



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