"Cremação com água"? Ela existe; entenda o processo de aquamação
21 de junho de 2024Processo é uma alternativa para aqueles que querem partir de uma forma mais sustentável
Aquamação: a nova e sustentável opção para partir após a morte – Foto: Wikimedia Commons
Você já parou para pensar no que gostaria que fizessem com o seu corpo após a sua morte? Os métodos de cremação e sepultamento são os mais tradicionais e praticados em todo o mundo. Entretanto, há uma alternativa para aqueles que querem partir de uma forma mais sustentável: a aquamação, conhecida também como cremação em água ou biocremação.
Assim como na cremação, o corpo aquamado é dissolvido no processo - mas não pelo fogo, e sim pela água enriquecida com hidróxido de potássio.
O corpo é colocado imerso na substância dentro de um tanque altamente pressurizado, que é aquecido a 160ºC para acelerar a aquamação. A medida que a pressão no recipiente aumenta, a matéria orgânica é dissolvida pela solução e, assim, ficam apenas os ossos do cadáver.
Depois do procedimento, a ossada passa pelo processo de secagem e em seguida é triturada até virar um pó fino, que retorna aos familiares do morto em uma urna.
Já o líquido utilizado fica ainda mais 'enriquecido' após a decomposição da matéria orgânica, e pode ser utilizado depois como um fertilizante.
Benefícios
Entre as vantagens da aquamação, destaca-se o seu baixo impacto ambiental. O processo utiliza menos energia do que a cremação tradicional e não deixa poluentes ou resíduos tóxicos na atmosfera.
Além disso, a aquamação também é uma alternativa mais barata e menos perturbadora para as famílias, que por vezes se angustiam ao assistirem os corpos em meio às chamas.
Acerbispo sul-africano foi aquamado
A aquamação existe há muitos anos, mas só é praticada em certos países.
Um caso conhecido de aquamação é o do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ganhador do Nobel da Paz, que morreu em 26 de dezembro de 2021. O herói da luta contra o apartheid solicitou que seu corpo fosse submetido à aquamação.
Era "o que ele aspirava como ativista ambiental", disse seu amigo, o reverendo Michael Weeder.
(Fonte: iG)