O benefício é válido para cerca de 25 mil famílias inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal, o CadÚnico

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Cerca de 25 mil famílias capixabas, ou 100 mil pessoas, estarão isentas de pagar a conta de água nos meses de março e abril deste ano. O benefício é válido para famílias inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal, o CadÚnico.

A medida foi anunciada pelo governador Renato Casagrande, durante uma coletiva de imprensa pela internet, na noite desta quinta-feira (19). “A Cesan está abrindo mão, neste momento, de um faturamento de R$ 1 milhão por mês, mas é um investimento importante na hora que as pessoas estão também tendo muitas dificuldades”, ressaltou Casagrande.

Já os cidadãos que estiverem inadimplentes, independentes da classe social, não terão seu fornecimento de água cortado nos próximos 30 dias. No entanto, essas pessoas não estão livres da dívida.

“Isso não significa que a Cesan está abrindo mão de quem está fora do cadastro único da tarifa social. A Cesan não cortará a água, mas cobrará a conta”, afirmou o governador.

“Não vamos cortar a água, porque é um produto que está sendo muito utilizado, ainda mais agora com a higienização do corpo, das mãos. Por causa da importância da água no combate ao vírus. Mas queremos reforçar a importância de as pessoas quitarem os débitos com a Cesan, para que a gente possamos continuar prestando um serviço adequado à sociedade capixaba”, completou.

Sobre a possibilidade da isenção de pagamento da tarifa de energia elétrica ou o não corte do fornecimento para os inadimplentes, o governador informou que ainda não se reuniu com representantes da EDP, concessionária responsável pelo abastecimento de energia no estado, para tratar do assunto.

Defensoria Pública

Nesta quinta-feira, a Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo (DPES) já havia recomendado à Cesan e à EDP que não cortassem o abastecimento de água e energia elétrica para os consumidores inadimplentes durante a pandemia do coronavírus.

A recomendação avalia que haverá uma considerável redução na renda das pessoas autônomas, especialmente as comunidades vulneráveis e de baixa renda, o que poderá acarretar uma possível inadimplência pelos próximos meses.

A EDP informou que avaliará a recomendação junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do setor, e retornará à Defensoria.

Valedoitaunas/Informações Folha Vitória